Taylor-Swift-genérica

Pra falar a verdade, eu não ligo para o que dizem de mim, sabe? Podem me chamar do que quiser. Há algum tempo atrás, pensei que a pior coisa que poderia acontecer na minha vida fosse ser esquecida, mas eu sei que existe ao menos uma pessoa neste mundo que não vai se esquecer de mim tão cedo. Se ele é um maluco manco e metido a criativo, bem, isso não faz a menor diferença para mim. Ao menos eu surgi desta criatividade, não é mesmo?

Não me importo de ser um fruto da imaginação. Tenho certeza de que eu era o fruto mais gostoso, a tentação que te leva a cada dia para o pecado. Tenho quase certeza de que eu sou a melhor mulher do mundo. Pelo menos para aquele que me criou. Pense bem, se você vai criar alguém para estar do seu lado, não é justo que você crie alguém com tudo aquilo o que você mais gosta? Pois é, tenho certeza de que eu tenho tudo o que é preciso para fazer alguém gostar de mim. E uma vantagem: se estiver faltando algo, ‒ HA! ­‒ eu invento.

Então as pessoas podem achar o que quiser de mim. Que eu sou uma perda de tempo, uma estratégia de marketing, uma Taylor Swift genérica... Eu sou exatamente o que eu preciso ser. E fiquem tranquilos, existe alguém que me tem como a pessoa mais perfeita do mundo. Ok, mesmo que de fato eu não exista, mas isso não vem ao caso. Até mesmo a perfeição tem defeitos sabia?

Modéstia a parte, eu me considero uma bandeira levantada. Uma bandeira que prova que, de alguma forma, todas as pessoas são perfeitas para alguém. Logicamente, vão ter pessoas que vão terminar de ler esse texto e vão dizer: "Nossa mais que perca de tempo. Não acredito que o Guilherme está deixando publicar qualquer coisa... Será que este blog não tem nenhum filtro de textos não?" Mas, meus queridos, vai haver uma pessoa ‒ UMA PESSOA PELO MENOS ‒ neste mundo que vai terminar esse texto e rir da minha foto falsificada no crachá do Bistrô. E se isso fizer uma pessoa feliz, então eu sou mais real do que você imagina.

Quantas crianças se alegram com o Papai Noel? Está vendo, esta é a prova de que você não precisa ser real para emocionar as pessoas. [CASO VOCÊ SEJA UMA CRIANÇA LENDO ISSO: Meu lindinho, é CLARO que o Papai Noel existe! Você não sabe que a tia Olivia é um pouco burrinha? Não liga não e corre para a árvore!] Então enquanto você se revolta achando que eu sou uma falta de senso crítico, eu vou continuar rindo e ouvindo Shake it off. Sinceramente, se eu sou apenas uma Taylor-Swift-genérica, eu estou mais que contente pela comparação. Não é para qualquer uma...

Para todas as Taylor-Swift-genéricas e também para os Cauã-Reymond-genéricos e todos os Sei-lá-quem-genéricos (exceto Justin Bieber) libertem-se de todos os babaquinhas que te julgam. Só quem pode te julgar sou eu e eu julgo todo mundo lindo e maravilhoso, então, sejam felizes!