Angélica é uma garota de origem humilde. Deixou sua vida no interior de Minas Gerais quando ainda era pequena e veio estudar no Rio de Janeiro. Sua família (pai, mãe e irmã) ficou, mas ela veio se hospedar na casa de sua tia e de seu primo. Formou-se e tornou-se datilógrafa. Com o tempo, seu primo José conseguiu um emprego em uma Empresa Misteriosa. Ela ganharia bem como secretária, mas não saberia que tipo de serviço a empresa prestava.
Aos 23 anos, sua rotina era bastante simples: Ela morava em um apartamento, agora sozinha, e ia para o trabalho de ônibus. Era comum ir com o mesmo motorista de ônibus, que passava pontualmente no mesmo horário, mas, na volta, tinha sempre a carona de um colega de trabalho, César. De noite, às vezes ia à discoteca com Theresa, sua amiga de sempre.
A ingênua Angélica então conhece um homem por quem se apaixona. O rapaz cuida muito bem dela, mas evita encontrá-la em locais muito públicos sob justificativa de intensa timidez. O que a garota não sabe é que ele é casado com Marianne, e por isso evita exposição.
Perto de sua morte, Angélica finalmente reencontra sua irmã Tatiana que está no RJ, pois seu primo conseguiu emprego para Josisval, namorado de Tatiana e cunhado de Angélica. Aproveitando a oportunidade, a irmã procura Angélica para tentar retomar os laços familiares.
Sua relação com os moradores do prédio é tranquila, apesar de sempre ser questionada por conta de seus hábitos. Angélica gosta muito de música e, às vezes recebe, queixas por conta do som elevado.
Dois dias antes de sua morte, um cliente da empresa misteriosa tenta comprar um passaporte ilegal (esta é a atividade da empresa, que Angélica desconhece), mas não tem como pagar, pois suas contas no Brasil estão congeladas. Enfurecido, ele fica do lado de fora da empresa esperando por algum funcionário que deixe o prédio. Eis que ele avista Angélica, que está saindo para almoçar na lanchonete que está acostumada a frequentar. O homem passa a perseguir Angélica e até descobre seu endereço. Ele espera que ela possa ajudá-lo.
Eis que então, certo dia, Angélica é encontrada morta dentro de seu próprio apartamento. Um rasgo corta sua garganta e muito sangue envolvia seu corpo. A arma que provavelmente desferiu um golpe contra seu pescoço é uma faca de cozinha que foi encontrada na mão da vítima e sem impressões digitais de quaisquer outra pessoa senão a vítima. O modelo da faca condizia com os encontrados na cozinha do apartamento, o que sugere que a arma seja da própria mulher. Médicos legistas apontam sinais de falta de ar e asfixia. Não há como afirmar se a vítima foi esfaqueada ou morreu por enforcamento. Caso a morte tenha sido causada pela faca, há a possibilidade de ela ter se matado, no entanto, se a asfixia for a causa principal da morte, é certo que ocorreu um assassinato. Neste caso, quem matou Angélica?
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