sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Álvaro Black, 48 anos


 


(Chefe da vítima)
Angelica era uma linda mulher. Seu jeitinho calmo e sereno era encantador. Eu não vou mentir, eu era apaixonado. Apaixonado por uma garota que nem sequer reparava no chefe.

Eu tentei me aproximar da garota, mas ela se esquivava. Não me deixou escolhas. A única forma dela me conhecer era me experimentando, então eu dei pra ela o que eu queria que ela tivesse. Eu.

Me acusaram então de abuso sexual. Dá pra acreditar? Mas eu não liguei, continuei apaixonado. Pode imaginar minha frustração ao descobrir que ela era só uma rata, pronta pra denunciar o meu esquema.

Eu sempre me preocupei com o sigilo da nossa empresa até mesmo para os funcionários de nível inferior, mas depois disso, eu desconfiava que ela já soubesse de tudo, desde o primeiro dia. Uma mentirosa que queria me trair. Vadia.

Graças a Deus que morreu! Só o que lamento é que não tive minha oportunidade de despedi-la. Eu estava prestes a demiti-la e destruir sua vida profissional. Mas ainda precisava de provas da sua traição.

Contratei César e uma outra estagiária da minha confiança para cuidar das provas. César é um molenga, faz tudo por dinheiro, mas falhou severamente comigo. A estagiária foi mais rápida. No dia da morte da Angelica, a estagiária invadiu seu apartamento e encontrou um arquivo delator no seu armário.

Procurei a garota no mesmo dia para dizer a ela tudo que merecia ouvir. Me deparei com Angelica no caminho de casa. Ela estava correndo para seu prédio. Eu a parei e pedi para que me ouvisse, mas ela estava desesperada e não me deu atenção.

Tentei entrar no prédio, mas não me deixaram. Então pacientemente, deixei a garota fugir e estava pronto para conversar com ela no dia seguinte, mas ela já estava morta

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