I
Jolee
Tudo era medo e fúria. Depois da Ordem 66, não se podia ter um momento de serenidade, tantos mortos, essa guerra, como todas as outras, só trouxe morte travestida de paz. Os jedis não deveriam se meter em guerras, somos os guardiões da paz, mantenedores do equilíbrio, mas o equilíbrio da força não se conquista, ela simplesmente equilibra-se quando se menos espera. A força segue os seus próprios caminhos: "Somos apenas folhas no curso do rio" já disse a minha mestre. Talvez seja esse o seu designo, somos... éramos muitos e os sith... poucos, talvez o expurgo tenha, finalmente, trago o equilíbrio.... Agora pouco importa, precisamos sobreviver.
Nossa fuga foi, no mínimo, desesperada. Estávamos numa nave em rumo ao Templo Jedi de Coruscant, quando, na metade do caminho a ordem foi dada.... Após isso.... Dói-me lembrar dos gritos dentro da nave e da dor que ecoava pela força... Tantos mortos... Resistimos, devido à traição de traidores, um capitão e um soldado, ambos clones, confrontaram a ordem e nos defenderam, creio que sem eles estaríamos todos mortos. No fim, sobram dois dos três mestres que estavam a bordo, os três padawans e os clones.
Não consigo imaginar a dor de perder a mestre, mas não é tempo de chorar pelos mortos ainda, ele caiu como um verdadeiro guardião, deu a sua vida para nos proteger e isso não será esquecido. Espero que Taifon consiga aguentar esse peso, a morte é só mais uma etapa, agora ele é um com a força.
Depois da luta, os nossos mestres ficaram segredosos com relação ao que faríamos, a nave estava em condições horríveis e precisaríamos ir para o mais longe possível da Republica, ou o que sobrou dela. A orla exterior parecia o destino mais certo, mais seguro, mais escondido. Mas a decisão era deles, nos cabia apenas esperar. Será que esse era o nosso destino, ir pulando de planeta em planeta, fugindo da nossa sombra, ter medo do invisível e todas as outras coisas?
Se o expurgo é nosso destino, não adianta fugir, a morte nos aguarda no fim do caminho. Seremos balanceados pela força, o mal e o bem são as cabeças de uma mesma besta e nós somos os filhos da besta, somos os cinzentos, sempre temerosos, sempre vigilantes. Talvez seja da natureza dos sith a imperiosidade e a dos jedis a passividade. Os extremos são precisos para que haja o equilíbrio, ou para que a balança se parta ao meio.
Finalmemte.... Parece que se passaram horas, talvez tenham passado mesmo, tenho ficado muito distante dos outros, parece que a Kaleem e o Taifon se aproximaram, o que a dor na perda não faz. Espero que os Mestres se decidam logo para onde ir, toda essa espera me faz pensar no impensado, talvez seja bom eu conversar com a Mestre Ikibu. Parece que eles decidiram o nosso destino, vamos para Dantooine, um planeta principalmente agrícola, calmo, pacato e cheio de planícies, talvez lá de para respirar um pouco, antes da próxima partida.
É feito o pulo para o hiperespaço, mas parece que deu algo errado... Só me lembro de acordar num planeta inóspito e ouvir as palavras da minha mestre: "Ainda bem que acordou.... Tivemos uma falha no salto do hiperespaço e viemos parar no outro lado da galáxia." Lembro de ver seus olhos cheios d'agua e continuou: " Perdemos o Mestre Winka na queda da nave... E viemos parar em Korriban... Que a força esteja conosco."
Nenhum comentário:
Postar um comentário