domingo, 14 de fevereiro de 2016

O mar criminoso

As ondas batem contra o precipício.
Ele guarda a arma carregada
E encara a garota assustada,
Que tentou o convencer de largar seu vício.

Ao telefone, ela tenta tranquilizar a irmã.
"Ele não presta," ela dissera.
O homem de jaqueta de couro espera,
Observando as luzes da manhã.

Ele sobe na moto
E, no mesmo segundo, ela desliga.
Ela inda agarrada à vida antiga.
Ele cheio de um sentimento remoto.

O vento gelado sopra seus fios para longe do rosto.
Ele, correndo, aperta a mão dela, o infinito os esperando.
A curva vem, mas eles não a seguem, se jogando.
E logo o lindo oceano está exposto.

 

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