quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

A cor que não caiu do Espaço

 





Era somente mais um dia sem graça. Como sempre, eu remexia o Facebook à procura de algo interessante no meu tempo livre. Até que minha aba de notificações salientou-se. Mais um projeto a ser feito. Não querendo fazer má imagem, me propus a participar.

Escrever sobre "Cores" e "Alienígenas"? Para o meu "eu" antigo, era só fazer um plágio do Lovecraft que tudo se resolveria. Mas agora, crescido e maduro, o meu "eu" fará algo diferente. Nem melhor, nem pior. Apenas diferente.

O que é melhor do que uma bela metanarrativa? O que é melhor do que essas perguntas retóricas soltas pelo texto? Alguns dirão que é falta de imaginação. Outros dirão que é vontade de aparacer... É uma pena. Afortunados sejam aqueles que não sabem degustar uma boa metanarrativa. Mas bom, vamos ao processo.

Primeiramente, tive o mísero trabalho de fazer uma pequena alteração no título. Achaste pouco, leitor? Não o culpo. Também não gostei muito. Entretanto, era o mais viável a ser feito. Darei sentido a ele mais à frente. E, além do mais, purpurina demasiada pode acabar aborrecendo a mente.
Logo após, comecei meu texto e apontei minhas ideias. Estava simulando uma narrativa comum, no entanto não pretendi dar falsas esperanças. Há tempos que morro de vontade para tecer um texto assim. Não achei motivos que me impedissem.

Até o momento, tudo parecia ocorrer bem. "Satisfeito" seria um estado insuficiente para descrever minha euforia. Contudo, havia um grande empecilho: como pôr as cores e os alienígenas? Como proceder?

Pensei em falar sobre a questão do racismo, mas temi que não tivesse autoridade o bastante. O jeito foi forçar uma metáfora ou uma comparação qualquer. E, já que é assim, fia-te no seguinte: cores são somente seres humanos que não decaíram. De onde? Do Espaço, que no caso seria... Seria... Eu não sei. Deixo isso para a tua imaginação. Mas quanto aos alienígenas, estes seriam os humanos que decaíram, é claro.

A partir desse contexto – criativo, instigante e bem elaborado – fica mais fácil para ti, leitor? Eu espero que sim, pois não há mais nada que eu possa fazer... Faltam-me recursos? É óbvio que não. Apenas cansei desse tema. Cansei desse texto. Cansei de tu, criatura exigente.

Quem és tu para me julgar? Em que parte errei? Como ter tanta certeza? Se tu respondes não passas de um hipócrita. No final, talvez eu seja a única cor restante nesse Espaço. Quem dera eu esteja rodeado por alienígenas.
 

Um comentário:

  1. Aceitas um elogio? Ou, preferes vários? Grande texto! Acho... que não é tão grande assim .

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