Mas que erro.
O Teatro Mágico, que eu estava prestes a assistir, é uma banda
independente formada em 2003 no Mundo Fantástico de Oz(asco) por Fernando
Anitelli, que é o vocalista principal, e composta por Daniel Santiago (direção musical/guitarra), Rafael dos Santos (bateria), Guilherme Ribeiro (teclados), Sergio Carvalho (baixo), Ricardo Braga (percussão), Luiz Galdino (violino), com uma abordagem que mistura elementos
do circo, folclore brasileiro, poesia, música, literatura, política e dança. Uma
verdadeira trupe de circo, que se apresenta à rigor, músicos de cara pintada e
caracterizados de palhaço e tudo. Para o aniversário de 11 anos da formação da
trupe, O Teatro Mágico está atualmente em turnê por vários Teatros SESI do
Brasil, de comemoração, com várias músicas de várias épocas da banda, em
teatros modestos, para relembrar o início da trajetória da trupe, composta por
dançarinos, músicos e até mesmo os fãs.
Minha visão, de uma das últimas fileiras. |
Por ter uma visão ótima mesmo de longe, antes do início do show coloquei
em minha cabeça que iria ficar sentada, o tempo todo. Uma coisa que eu sempre
fiz e detestei era gritar, espernear, surtar, e no fim do show estar rouca,
cansada, e no fim das contas nem ter aproveitado direito.
Mas, nossa, quando o show começou não deu para aguentar, e eu saí
correndo para a frente do palco, mesmo não tendo mais ninguém de pé.
O show é muito animado, com direito a bailarinas penduradas em estruturas de candelabro. O estilo das apresentações da banda é alternativo, com muita poesia, muitas cantigas, jogos de palavras e interação com o público, e o repertório cheio de canções marcantes dos primeiros três álbuns, “Entrada para Raros”, “Segundo Ato” e “Sociedade do Espetáculo” como “Sonho de uma flauta”, “Nosso pequeno castelo”, “Realejo”, “Sintaxe à Vontade” (que é uma das minhas canções favoritas em termos de letra), “Pena”, “Amanhã... Será?”, e canções do álbum mais recente, “Grão do Corpo”, como “Quando a Fé Ruge” e “O Sol e a Peneira”, esta com um grande teor político e social.
O show é muito animado, com direito a bailarinas penduradas em estruturas de candelabro. O estilo das apresentações da banda é alternativo, com muita poesia, muitas cantigas, jogos de palavras e interação com o público, e o repertório cheio de canções marcantes dos primeiros três álbuns, “Entrada para Raros”, “Segundo Ato” e “Sociedade do Espetáculo” como “Sonho de uma flauta”, “Nosso pequeno castelo”, “Realejo”, “Sintaxe à Vontade” (que é uma das minhas canções favoritas em termos de letra), “Pena”, “Amanhã... Será?”, e canções do álbum mais recente, “Grão do Corpo”, como “Quando a Fé Ruge” e “O Sol e a Peneira”, esta com um grande teor político e social.
Minha visão, na cara do palco. Fernando Anitelli, vestido e pintado de palhaço. Ao fundo, uma das coreografias suspensas. |
E põe interação com o público nisso. No intervalo de quase todas as
músicas o frontman-palhaço conversa, brinca com o público (inclusive comigo), apresenta
todos os membros da trupe, interação feita de forma bem humorada e
descontraída, com direito a erros, confundir SESI com SESC, contar histórias da
trajetória da banda e curiosidades sobre a turnê atual, e uma pequena fala
sobre a posição da banda quanto ao download de músicas, que é totalmente
apoiado pela trupe, que tem em seu site oficial todo o seu acervo disponibilizado
para download e streaming de forma gratuita.
Com várias frases que ficam marcadas em qualquer fã, e jogos de palavras
que são de deixar qualquer um de queixo caído (”A vida anuncia que renuncia a
morte”, “Quando há ferrugem no meu coração de lata/ é quando a fé ruge e o meu
coração dilata”, e inclusive o “Estar entre vírgulas é aposto, mas aposto o
oposto, que vou cativar a todos sendo apenas um sujeito simples”, do meu crachá
no fim do post), coreografias performáticas maravilhosas executadas pelas duas
dançarinas da trupe, Katia Tortorella e Manoela Rangel, uma hora e meia de um
show feliz, bem elaborado, bonito e animado, e saí do Teatro SESI no mínimo com
a sensação de tapa na cara por ter ido com expectativas baixas a um show de tão alto nível, que arrisco a dizer, dão de dez a zero em muita banda famosa.
Ao finalizar do show, como é de costume em todos as apresentações, a trupe se reúne com os fãs para uma foto, que é postada, show por show, na página do Facebook da banda. Tive o prazer de posar para a foto do lado do frontman da banda, e rapidamente dizer que meu aniversário seria na semana seguinte (domingo, dia 26, anotem, quero presentes), e a alegria de ter sido ouvida e cumprimentada com o maior carinho. Após a apresentação, também, a banda se dispôs a tirar fotos com todos os fãs que quisessem, com tamanha simplicidade e empatia com seus fãs.
O mais interessante sobre esse show foi que entrei no Teatro SESI num sábado à noite com expectativas razoáveis, e acabei saindo com a certeza de que aquela havia sido uma das performances mais marcantes que já tive a chance de assistir. Não só pela música, tecnicamente falando, mas pela empatia, o amor que cada integrante da banda tem por cada fã, o quanto se esforçam em ouvi-los e interagir com eles, desejar feliz aniversário e ficar horas após o fim da apresentação por pura e espontânea vontade, simplesmente para bater fotos. É algo que não se vê em igual quantidade em bandas mais famosas. E esse é o diferencial d'O Teatro Mágico, da Terra Fantástica de Oz(asco). Não se trata simplesmente de músicos vestidos de palhaços, tocando um som diferente, mas sim toda a abordagem, todo o amor. É tudo numa coisa só, como diria Anitelli.
Ao finalizar do show, como é de costume em todos as apresentações, a trupe se reúne com os fãs para uma foto, que é postada, show por show, na página do Facebook da banda. Tive o prazer de posar para a foto do lado do frontman da banda, e rapidamente dizer que meu aniversário seria na semana seguinte (domingo, dia 26, anotem, quero presentes), e a alegria de ter sido ouvida e cumprimentada com o maior carinho. Após a apresentação, também, a banda se dispôs a tirar fotos com todos os fãs que quisessem, com tamanha simplicidade e empatia com seus fãs.
Foto pós-show. Eu sou a de camisa branca, à esquerda do vocalista da banda, Fernando Anitelli. |
Não subestimem as bandas independentes. Elas podem te surpreender, assim como me surpreenderam.
PS: Para quem quiser conhecer o trabalho d'O Teatro Mágico, visitem o site oficial da banda.
Gostei tanto dos seus comentários, que quero assistir também.
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